Não é nada fácil estar na casa dos vinte e poucos anos. Todo mundo espera coisas de você: um bom emprego, um namorado/noivo, um apartamento - nem que seja alugado mesmo, uma promoção na multinacional x que te paga um salário astronômico.
Nunca passa pela cabeça das pessoas considerarem o que você quer ou pensa, seus medos, anseios, angústias da vida adulta, já que a faculdade já acabou há alguns bons anos e os 30 já estão batendo na porta. Sim, a vida adulta, no sentido mais amplo e complexo da expressão, com as contas a pagar, o salário que no fim do mês já não dá pra nada, as dívidas, a rotina, o chefe, o "colega" tentando puxar seu tapete. Mundo, pare agora que eu quero descer!
Não quero ter de me preocupar com essas coisas todas. Eu quero é ser feliz, do meu jeito, sem ninguém tentando me dizer o que fazer, muito menos como. Quero sentar na grama e ler Dickens, e Dan Brown também, sem ninguém me julgar intelectual de mais ou de menos. Quero experimentar todos os tipos de café da Starbucks, como se o café fosse acabar amanhã e eu não tivesse mais essa possibilidade. Quero dançar loucamente, como se ninguém estivesse olhando, rodopiando, saltitando, gargalhando com os braços levantados e todos os dentes à mostra.
Quero andar de mãos dadas com alguém especial, sorrindo, contando as estrelas do céu, as folhas no chão, as flores que estarão por vir, e colorir seu mundo como Monet, e ser como uma cachoeira quando você estiver com sede, ficar sem ar e sentir borboletas no estômago. Quero andar sem rumo, conhecer o infinito, abraçar um arco-íris e ganhar meu pote de ouro. Quero viajar para os mais distantes e intocáveis destinos do mundo, sentir e ser sentimento, viver como se hoje fosse o melhor dia da minha vida.
Mas, como dizem por aí, é hora de parar de sonhar e acordar para a vida. Minha parada já é a próxima e eu tenho de ir trabalhar, afinal, eu tenho contas a pagar, dívidas a liquidar e uma vida inteira pela frente para lamentar.
Monday, November 12, 2012
Sunday, November 11, 2012
A viagem
Ok, deixando de lado todo o melodrama nada comovente de quem nunca sai de casa, seja por qual motivo for, visitei Atlanta por um fim de semana com duas amigas queridas daqui de Charlotte. Dia anterior fomos num bar onde um outro amigo nosso estava se apresentando como DJ e, olha, foi bem interessante. O som é mais alternativo, e eu muito curti e me acabei de dançar, como manda o figurino. Posei no apê delas mesmo, porque a ideia era sair de lá às 6 am, mas brasileiras que somos, acabamos saindo 7 e tantas.
Depois fomos na padaria brasileira comer. A Ana tinha falado dessa padaria e, claro, nosso almoço teria de ser lá. Ela fica em Marietta, uma das cidadezinhas vizinhas de Atlanta. Seria como, sei lá, Taboão da Serra pra mim, nos arredores. Que saudade de comer coxinha!! Um monte de gente falando português, comendo coxinha, feijoada, pastel. Fui de coxinha, claro, e as meninas foram de pastel. O ponto negativo foi que tinha queijo no lugar do catupiry, mas né, a gente ignora e finge que tá feliz. Depois fomos direto pro hotel e tiramos aquela sonequinha básica. Viagem é sempre uma coisa cansativa, mas como só teríamos um fim de semana, a soneca teve de ser bem rápida. Daí fomos nos aprontar porque tínhamos um jantar com uns amigos das meninas, e depois uma balada.
Foi muito bom viajar!!! Eu já estava precisando mesmo descansar um pouco, afinal estou trabalhando direto desde que eu decidi ser aupair, em abril de 2011. Agora eu só preciso pensar em qual será o próximo destino... quero muito conhecer DC e, finalmente, NYC, mas essa época é um absurdo de caro, fora que todo mundo aqui já tirou férias, só eu que não. Mato sem cachorro, se é que você me entenda... mas vamos ver, espero que eu decida logo o que eu vou fazer, porque tenho duas semanas de férias pra gastar, e eu vou gastar to-dos os dias que eu tenho, pode ter certeza...
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