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Friday, December 28, 2012

Depois de 1 ano...

Cheguei aqui cheia de expectativas, esperando o melhor de tudo e celebrando o que viesse pela frente com a maior alegria do mundo. Mas, como era de se esperar, as coisas mudam, as pessoas mudam, e eu também mudei meu pensamento: não sou, definitivamente, a mesma pessoa que chegou aqui.

Adotei a máxima do "é dando que se recebe", e olha, vou ser bem honesta, como eu dei, como eu cedi, como eu me dediquei, como eu abdiquei de coisas para mim, que eu nem sei se eu vou poder fazer denovo alguma vez na vida. Isso me deixa frustrada, sabe, porque eu perdi viagens e companhias maravilhosas porque eu sou legal. É essa a verdade, eu sou legal. Legal demais.

Eu poderia ter conhecido Las Vegas, Santa Monica, San Diego, Grand Canyon. E não fui. Eu poderia ter feito um cruzeiro e visitado as Bahamas, Jamaica, Ilhas Cayman. E não fui. Eu poderia ter ido pra New York, o lugar que eu mais quero visitar no mundo todo, e isso não é segredo algum pra ninguém. E eu não fui. Só fui pra Atlanta, por um fim de semana, basicamente um "dia pro outro", 6 dias antes de completar 11 meses vivendo aqui.

O trabalho é árduo demais. É difícil ser "mãe" sem ter filhos. Muito. É frustrante sentir que você está trabalhando sem necessidade de estar, porque pai e mãe das crianças que não são suas estão de folga em casa, assistindo televisão. Trocar fraldas, alimentar, banhar, ensinar e até mesmo educar são facetas de um trabalho mais do que cansativo, que as empresas tem a cara de pau de vender como intercâmbio por aí. Por outro lado, há coisas que me fazem esquecer toda a frustração de quem está cansada, desapontada, e com uma pontinha de inveja sim, sou honesta, das amigas que aqui estão, no mesmo barco, mas que conseguem se divertir 1.000.000 de vezes mais.

Saber que você é amada como uma filha, tratada como um familiar verdadeiro, de coração e com o sentimento mais puro de agradecimento, ah, isso não tem preço. E eu não estou falando diretamente dos meus host parents. Sei que eles gostam de mim, estão satisfeitos com o que eu venho fazendo com as minhas kids. Mas não são só eles que estão felizes comigo... os tios e tias, primos e primas mais próximos, a irmã da minha host, que eu cheguei até a achar que tinha um pouco de ciúme de mim com minha menina mais velha, mas que hoje me trata e conversa comigo do mesmo jeito, exatamente do mesmo jeito que ela fala com a minha host. A mãe da minha host, que me deu o presente mais maravilhoso que eu poderia receber neste Natal: I love you. O pai da minha host, que sempre me trtou bem e hoje também me trata como filha. A mãe do meu host, que chegou pra ficar aqui com a gente por 4 meses e me disse "se o V. é meu filho, você também é minha filha" e me trata exatamente como trata meu host, sem tirar ou colocar uma vírgula de diferença. A sobrinha da minha host, que sempre, sempre quer brincar comigo, pergunta de mim e já chegou a dizer que queria vir na minha casa, não na casa da tia... a cunhada, o irmão, o cunhado... eu não sei nem o que dizer.

Eu trabalho duro. Muito. No final do dia eu estou morta, literalmente, e só quero dormir. Sério. Mas acho que eu não poderia ser mais feliz. Porque mesmo eu não tendo feito nada de extraordinário durante um ano inteiro, mesmo eu estando estressada, absurdamente estressada, e contando as horas, os dias pra chegar a data de eu embarcar para visitar o meu povo e a minha pova no Brasil, o que realmente importa e sempre importou para mim é o que eu mais tenho nesse lugar, que vai estar pr sempre no meu coração.

Monday, November 12, 2012

Vinte e poucos

Não é nada fácil estar na casa dos vinte e poucos anos. Todo mundo espera coisas de você: um bom emprego, um namorado/noivo, um apartamento - nem que seja alugado mesmo, uma promoção na multinacional x que te paga um salário astronômico.

Nunca passa pela cabeça das pessoas considerarem o que você quer ou pensa, seus medos, anseios, angústias da vida adulta, já que a faculdade já acabou há alguns bons anos e os 30 já estão batendo na porta. Sim, a vida adulta, no sentido mais amplo e complexo da expressão, com as contas a pagar, o salário que no fim do mês já não dá pra nada, as dívidas, a rotina, o chefe, o "colega" tentando puxar seu tapete. Mundo, pare agora que eu quero descer!

Não quero ter de me preocupar com essas coisas todas. Eu quero é ser feliz, do meu jeito, sem ninguém tentando me dizer o que fazer, muito menos como. Quero sentar na grama e ler Dickens, e Dan Brown também, sem ninguém me julgar intelectual de mais ou de menos. Quero experimentar todos os tipos de café da Starbucks, como se o café fosse acabar amanhã e eu não tivesse mais essa possibilidade. Quero dançar loucamente, como se ninguém estivesse olhando, rodopiando, saltitando, gargalhando com os braços levantados e todos os dentes à mostra.

Quero andar de mãos dadas com alguém especial, sorrindo, contando as estrelas do céu, as folhas no chão, as flores que estarão por vir, e colorir seu mundo como Monet, e ser como uma cachoeira quando você estiver com sede, ficar sem ar e sentir borboletas no estômago. Quero andar sem rumo, conhecer o infinito, abraçar um arco-íris e ganhar meu pote de ouro. Quero viajar para os mais distantes e intocáveis destinos do mundo, sentir e ser sentimento, viver como se hoje fosse o melhor dia da minha vida.

Mas, como dizem por aí, é hora de parar de sonhar e acordar para a vida. Minha parada já é a próxima e eu tenho de ir trabalhar, afinal, eu tenho contas a pagar, dívidas a liquidar e uma vida inteira pela frente para lamentar.

Sunday, November 11, 2012

A viagem

Finalmente, depois de quase 11 meses aqui, eu saí do conforto de Charlotte para visitar um outro lugar... a emoção foi tanta que eu nem consigo explicar em palavras o que se passa na minha mente...

Ok, deixando de lado todo o melodrama nada comovente de quem nunca sai de casa, seja por qual motivo for, visitei Atlanta por um fim de semana com duas amigas queridas daqui de Charlotte. Dia anterior fomos num bar onde um outro amigo nosso estava se apresentando como DJ e, olha, foi bem interessante. O som é mais alternativo, e eu muito curti e me acabei de dançar, como manda o figurino. Posei no apê delas mesmo, porque a ideia era sair de lá às 6 am, mas brasileiras que somos, acabamos saindo 7 e tantas.

Pegamos nosso rumo e fomos seguindo alegres e saltitantes até Atlanta. É muito fácil chegar lá, só pegar a I-85 e seguir reto como se não houvesse amanhã. Entediante, se é que você me entende. Depois de muitas e muitas milhas, finalmente chegamos. Fomos direto para o World of Coca Cola. Eu não sabia desse detalhe, mas a empresa é de Atlanta. Um museu bem divertidão que conta a história da Coca desde os primórdios, mas a melhor parte foi poder experimentar as diferentes bebidas que a empresa fornece pra cada continente. Tomei uma coisa da África que gente, que delícia!! As piores são as da Ásia, mas né, até aí a gente já sabe como funciona.

Depois fomos na padaria brasileira comer. A Ana tinha falado dessa padaria e, claro, nosso almoço teria de ser lá. Ela fica em Marietta, uma das cidadezinhas vizinhas de Atlanta. Seria como, sei lá, Taboão da Serra pra mim, nos arredores. Que saudade de comer coxinha!! Um monte de gente falando português, comendo coxinha, feijoada, pastel. Fui de coxinha, claro, e as meninas foram de pastel. O ponto negativo foi que tinha queijo no lugar do catupiry, mas né, a gente ignora e finge que tá feliz. Depois fomos direto pro hotel e tiramos aquela sonequinha básica. Viagem é sempre uma coisa cansativa, mas como só teríamos um fim de semana, a soneca teve de ser bem rápida. Daí fomos nos aprontar porque tínhamos um jantar com uns amigos das meninas, e depois uma balada.

Jantamos no The Spence, um restaurante maravilhoso do chef Richard Blais. O mais legal desse restaurante é que o menu muda diariamente, ou seja, você sempre vai encontrar uma coisa nova pra saborear. Comi um fried pork terrine com molho de mostarda dijon e um barbecue adocicado de entrada e um hamburguer delicioso e super suculent, recheado com queijo e homestyle french fries, tudo acompanhado de uma taça de Pinot Grigio. Delícia!!! Depois fomos na Opera, uma balada muito, mas muito grande, comparando com as opções que temos aqui em Charlotte. Muito hip hop, R&B, amei o som!! E a decoração também não deixou nada a desejar. Foi bem divertido e os amigos das meninas são muito legais. Dançamos horrores, mas como nada é pra sempre, tivemos de ir embora antes do que imaginávamos por conta de alguns imprevistos...


No dia seguinte fomos bater perna pelo parque onde foram realizadas as cerimônias de abertura e encerramento das Olimpíadas de Atlanta. Bem legal, um espaço enorme com gramado verdinho, fonte e espelho d'água. Aí, bem onde nós estávamos, tinha uma celebração do Diwali acontecendo. O Diwali é um festival indiano enorme, comemorado em todos os lugares na Índia e em todo o mundo. Muita dança, comida, apresentações culturais. Ficamos pouco tempo porque a Miriam tinha de trabalhar no domingo, então paramos num restaurante que fica no parque mesmo, mais uma hamburgueria, pegamos nosso almoço e voltamos pra casa.

Foi muito bom viajar!!! Eu já estava precisando mesmo descansar um pouco, afinal estou trabalhando direto desde que eu decidi ser aupair, em abril de 2011. Agora eu só preciso pensar em qual será o próximo destino... quero muito conhecer DC e, finalmente, NYC, mas essa época é um absurdo de caro, fora que todo mundo aqui já tirou férias, só eu que não. Mato sem cachorro, se é que você me entenda... mas vamos ver, espero que eu decida logo o que eu vou fazer, porque tenho duas semanas de férias pra gastar, e eu vou gastar to-dos os dias que eu tenho, pode ter certeza...

Wednesday, October 17, 2012

E quando as regras mudam?

As regras estão aí pra garantir a boa convivência em sociedade. O mundo seria uma barbárie se todo mundo pudesse, simplesmente, fazer o que desse na telha, na hora que desse na telha. Adoro regras, tanto na hora de criá-las quanto de cumpri-las. A única coisa que eu não gosto é quando as regras mudam...

Quando eu estava no processo de entrevistas, antes mesmo de pensar em chegar aqui, eu decidi que algumas coisas seriam prioridades na hora de fechar com alguma família. O mínimo seria ter um meio de locomoção honesto, independentemente do que fosse - carro, metro, ônibus, não interessa. Daí que nas conversas na hora da entrevista a família com quem eu fechei disse que eu teria um carro e que poderia usar no meu tempo off.

A coisa já ficou complicada quando eu cheguei, já que esse caro nem existia ainda. E não existiu por quase 3 meses. Vivia na base da carona o tempo todo, com quem quer que fosse, e era desconfortável pra mim, principalmente porque eu moro meio que num fim de mundo e as pessoas com quem eu saía moravam longe, com exceção da Chay, que era sempre a minha carona pra tudo. Mas, enfim, águas passadas não movem moinhos, e o carro finalmente chegou, eu tirei a carteira de motorista daqui e finalmente, depois de 3 longos meses, pude dirigir para qualquer lugar que fosse.

Logo no começo, quando eu cheguei, disse que eu queria muito ir num evento de linguística em Chapel Hill, e eles me deixaram ir com o carro. Achei ótimo e eles ganharam muitos pontos comigo. Por outro lado, eles nunca botaram uma gota de gasolina nesse carro, nem quando eu fui fazer o teste no DMV pela primeira vez: fui eu que enchi o tanque. Nunca falei nada porque né, eu posso MESMO ir pra qualquer lugar que seja.

Daí fui em Greensboro com a Michi, e era minha vez de dirigir, porque quando fomos no Botanical Garden foi ela quem dirigiu. Aí falei que eu queria ir em Greensboro e tal, a hostmom meio que fez carão, mas acabou que eu fui. Ok. Fomos acampar em Linville Falls, conforme o post anterior, e eu fui dirigindo. Ok. Só que o carro começou a dar problema. E eles começaram a dar problema também.

A reclamação da vez é que eu dirijo muito. E que eles não estavam esperando viagens com o carro, e por isso compraram um carro com 142.000 milhas rodadas, ou 228.526 quilômetros rodados. Atualmente o carro tem 239.790 quilômetros rodados. E eu quem rodei nessa história toda.

Desde que eu cheguei aqui eu tento dar o meu melhor em tudo, ser flexível, ajudá-los, sem reclamar de nada. Eles nunca contaram as horas direito, e desde sempre eu trabalhei mais de 45 horas por semana. Estou sempre disponível, já perdi viagens incríveis porque eles precisaram de mim pra alguma coisa. Mesmo com tudo isso, e sabendo que eu poderia sim encontrar alguma outra família que seguisse as regras à risca, eu decidi ficar. O que mais pesou foram as amizades que eu fiz aqui, o fato de eu gostar dessa família e das crianças, e também o fato de eu poder ir a qualquer lugar, não ter curfew, poder viajar com o carro. SIM, detalhe esse que eles potencialmente vão cortar.

Fora outras coisinhas que já aconteceram e que não estavam previstas no gibi, como a semana em que o hostdad reclamou que eu estava saindo muito... NO MEU TEMPO OFF. Há coisas positivas, como o fato de eles terem aumentado meu pagamento semanal, mas se dinheiro fosse o mais importante pra mim, honestamente, eu não teria gasto mais de R$ 2.000,00 pra seu aupair aqui, eu teria ficado no Brasil mesmo, no emprego que eu tinha, ou até mesmo teria mudado pra um emprego melhor. E fora, também, que desde que eu cheguei aqui eu não fiz nenhuma viagem. NENHUMA. Perdi a oportunidade de ir pra Vegas, Califórnia, de fazer um cruzeiro, de ir pra NYC, DC... Lendo tudo isso eu me questiono se eu realmente fiz a escolha certa, sabe...

Das coisas que eu nunca imaginei que fosse fazer na vida...

Nunca fui uma pessoa que se preocupa muito com conforto, luxo e todas essas coisas na hora de viajar e fazer alguma coisa diferente, muito diferente da maior parte das minhas amigas no Brasil - incluindo minha irmã. Sempre tentei organizar coisas diferentes, campings e tal, mas nunca consegui, mais por falta de vontade do povo que qualquer outra coisa.

Daí que por aqui as pessoas são sempre do tipo que topam tudo, e além de toparem tudo mesmo, sempre organizam coisas diferentes pra fazer... o que é ótimo, porque sempre tem alguma coisa pra fazer em algum lugar. Então, no último sábado, rumamos para Linville Falls.

A ideia era nos encontrarmos no Walmart da S Tryon às 13h, mas como esperado, o araso reinou. Passei pra pegar a Marie e ela nem estava pronta ainda. Aproveitei e já conheci as kids e a hostfamily, que foram muito fofos e simpáticos comigo. Já estávamos master atrasadas quando finalmente saímos. Pelo menos nós não éramos as mais atrasadas, hahahaha.

Encontramos todo o povo e compramos a comida do fim de semana, que parecia ser suficiente pra ficar um mês inteiro no meio do mato, uns bons drink, e finalmente rumamos para Linville Falls... O caminho foi ok até entrarmos na montanha, claro. Nos perdemos, como era esperado, e ficamos rodando um tempão até chegarmos no lugar que o povo que já tinha ido arrumou.

O detalhe de toda a história ficou pra chuva no meio da madrugada... simplesmente acordei com o mundo caindo em forma de água e a barraca inundada... alguma coisa eu teria que ter pra contar, não é mesmo?? Pior que eu nem tive a pior situação: um dos meninos deixou TODAS as coisas fora da barraca, e molhou tudo... inclusive o único par de jeans que ele tinha levado... ahhahahahaaaaaa

Foi uma experiência muito legal, eu adorei acampar e quero muito ir fazer isso denovo... Pics, please:







Wednesday, October 3, 2012

Minha primeira vez num salão de beleza nos EUA

Rola um mito aqui em terras obamenses de que pra fazer qualquer coisa num salão de beleza você precisa deixar um rim por lá e ainda amargar uma qualidade duvidosa no final do serviço. Confesso que essa informação, que chegou a mim via fonte confiável, me fez não gastar um tostão sequer pra fazer qualquer coisa. Tanto que na única vez que eu precisei mesmo fazer as unhas, acabei pagando finte dólares pra minha amiga fazer e nem botei a cara num salão. Mas aí aconteceu de minha hostfamily me dar um combo spa e manicure de gel de presente de aniversário e eu acabei indo lá pra ver como é que funciona o negócio.

Cheguei lá com a cara e a coragem, porque eu nem sabia como a coisa funcionava, e fui logo apresentando meu lindo gift card. Daí a mocinha já foi me falando pra escolher a cor do esmalte e tal. Peguei um vermelho né, porque é melhor não arriscar nada muito cabuloso nessas horas. Lindinho, da OPI. Depois disso ela foi logo me mandando sentar numa das poltronas. Gente, é muito chique. Juro que eu me senti a mais importante... uma poltrona super confortável com tipo uma mini hidromassagem pros pés. E são DUAS pessoas cuidando de você, manicure e pedicure, ao mesmo tempo. E elas ainda fazem MASSAGEM. Juro por Deus!!

A qualidade do serviço não é de todo mal, só não fiquei morrendo de amores pelas minhas unhas de gel porque acho que a moça poderia ter feito com mais carinho, já que era a primeira vez que eu estava lá naquele salão. A pedicure ficou perfeita, acho que a melhor que eu já fiz na vida.  mocinha mereceu aquela tip gordinha...

Monday, September 24, 2012

Happy b-day to you!

Normalmente eu sou totalmente contra fazer qualquer tipo de coisa no meu aniversário. Balada, então, nem pensar. Mas né, estamos num outro país, e não sabemos quando voltaremos aqui, nem quando veremos novamente os amygos que fizemos, então ficou decidido que eu e a Michi faríamos uma festa together.

Queríamos alguma coisa temática, mas tivemos algumas restrições que não vem ao caso agora. Aí resolvemos fazer uma marquerade party. E, gente, foi muito legal!! Muito divertido mesmo, apesar de que eu bebi muita coisa nos copos coloridos - que, segundo a Michi, tudo o que vai em copo colorido/plástico é água - mas né, estamos aqui pra isso mesmo.

Foi tudo muito legal mesmo, e fiquei muito feliz de todas as pessoas queridas que eu conheci aqui - com exceção da Dai, minha linda BFF desde que eu cheguei aqui, que não pode ir porque teve um casamento em Pittsburgh - terem participado. E também fiquem muito feliz em poder conhecer gente super animada, divertida, e que serão muito bem vindos em outras parties. E de ter, finalmente, conhecido a Marie pessoalmente, uma gracinha de menina, muito gente boa e linda!!

Mas né, o que seria de um post sobre uma festa sem as fotos???










Acho que pra essa festa ter sido melhor ainda eu só precisava das minhas lindas Carol, Bianca, Thaís, Carolina, May, Vy, Carol Chang, Nicas, Nani, Thaís Aux aqui...

Tuesday, September 18, 2012

O que morar com uma família indiana tem a te oferecer

Quando eu decidi ser aupair, juro que pensei que eu moraria com uma família tipicamente americana, daquelas de comercial de margarina: pai, mãe, filho, filha e cachorro, todos bem loirinhos com os olhos bem azuis. Só que não.

Desde sempre eu fui uma pessoa que gosta muito de conhecer outras culturas e nunca liguei de me enfiar nos mais absurdos buracos em busca desse conhecimento. Sempre fui fascinada por filmes fora do circuito Hollywood, e muito mais ainda por cultura asiática e afins, principalmente cultura chinesa e japonesa - não por acaso meus filmes preferidos são ambientados, na maior parte das vezes, em templos shaolin e afins, graças a uma boa influência de papai no meu gosto cinematográfico.

Então, quando eu finalmente fiquei disponível para entrevistas, uma coisa muito interessante aconteceu: no meu perfil só dava família indiana gente... juro, não sei por qual motivo. E, para melhorar - ou piorar - eu adorei!! Porque pensa só: eu teria a oportunidade de conviver com duas culturas totalmente diferentes, sabe. Curti muito a ideia mesmo, e quando fechei com a família que eu estou agora - e vou ficar por, no mínimo, mais 1 ano e 3 meses - eu quase pari arco-íris ao saber que teria um casamento na família, justamente da irmã da minha hostmom.

Aí eu avacalhei geral, gente... quis usar sari, bindi, tikka, salwar, tudo o que tem direito... e só não foi tudo tão lindo porque né, tecnicamente eu estava trabalhando, então muita coisa da cerimônia de casamento que eu queria MUITO ver eu não pude, mas isso não vem ao caso.

Sempre que eu posso eu vou ao templo com eles, sempre participo de coisas da família, reuniões, sempre visito. Posso parecer meio bobona, sabe, porque aí a gente sempre acaba trabalhando um pouco mais aqui e ali, mas eu gosto. E é uma cultura tão rica, colorida, feliz, mesmo com todas as coisas ruins que acontecem na Índia, que ainda convive com muita pobreza, miséria, fome...

Acho que foi uma boa escolha, sabe. E, mesmo se eu descobrir que não foi, minha fantasia do Halloween já está garantida...

Aquele em que eu conto o porquê do sumiço...

Porque desgraça pouca é bobagem, minha gente...

Desapareci por alguns dias, ou semanas, não se sabe ao certo, porque muita coisa aconteceu na minha vida nesse meio tempo. Tudo começou quando eu fui convidada pra a bachelorette party da minha querida Leo. Ah, eu me lembro como se fosse ontem, toda a diversão, as risadas, a perda da dignidade, a carona com o Nelsinho Piquet... bons tempos aqueles.

Depois disso, no dia seguinte pra ser mais exata, comecei a ficar doente, com uma tosse louca, febres e tudo o mais. Ruim mesmo, sabe, mas como sempre, nem liguei porque né, sou roots pra caramba e só vou no médico se meu braço estiver pendurado. Se não, nem pensar.

Aí a tendência foi só piorar... juro que eu nunca me senti tão mal na vida - minto, me senti pior que isso naquela vez que eu tive H1N1, mas essa é uma outra história - porque aquela tosse louca não passava de jeito nenhum, a dor de cabeça vinha frenética, febre, suadeira... a coisa foi se complicando, e eu insistindo em ficar por cima da carne seca, toda trabalhada no "tá tudo bem, tou beemmm, tou beeeeemmm". Só que não.

Quando eu realmente fiquei terrível e tive de pedir água, fui ao médico e descobri que, na verdade, eu estava com pneumonia. Gente, pneumonia!!!! Eu, que nunca fico doente, nunca passo mal, nunca fico com febre, tive tudo isso de uma só vez... olha, preciso confessar que eu odiei, sabe. Aí eu fiquei dias a fio de molho, tomando medicaçãozinha numa boa, seguindo `a risca o que o médico disse e tudo o mais.

Agora eu já estou beeeemmmm melhor, sem nenhum sinal de barulhos não identificados nos meus pulmões, só tomando um remedinho aqui, outro ali, pra garantir que eu ficarei 100% restabelecida em poucos dias. Fim da história.

Friday, August 17, 2012

Eu só queria uma internet que funcionasse

Daí que eu estava escrevendo um post maravilhoso e cheiroso, só que a internet não colaborou e eu perdi tudo...

Alguém, por favor, sabe um jeito de fazer a internet pegar nesse fim de mundo??

Um novo começo...



Tenho blogs há tanto tempo que já não consigo me ver sem ter um. Engraçado como uma coisa que começou como uma forma de ser mais popular na escola - quem não se lembra do famoso "passa lá no meu blog e comenta"? - e se tornou tão parte de mim.

Fiquei anos a fio com o mesmo blog... o mesmo nome, em hospedagens diferentes, depois como um subdomínio no domínio da Carol, que depois foi dividido com a Rayanna, que no último ano de sua famigerada existência passou a ser só e somente meu. Uau!

Mas como tudo chega a um fim, o My Life Live acabou. Foram bons momentos justos, muita felicidade, alegria e tudo o mais, e muito aprendizado também, já que graças a esse blog eu pude ter as noções básicas de design e html que eu nunca teria aprendido sem ele. Mas chegou a hora de acabar com ele... nos últimos tempos eu não estava postando tanto quanto eu queria, ficou complicadíssimo lidar com a renovação de domínio e pagamento da hospedagem estando a milhas de distância e recebendo em uma moeda totalmente diferente.

É meio estranho pensar que meu antigo - já posso chamar assim? - blog já não existe mais... e como eu não conseguiria não ter um blog, cá estou eu, recomeçando mais uma vez.

Não quero impor nada em termos de conteúdo, assiduidade ou afins: do jeito que vier, já é mais que suficiente. Também não tenho a preocupação de como, quando, quanto e como meus posts aqui serão lidos. Quero chegar, sentar, escrever, botar uma imagem bacana pra acompanhar e fim.

Como sempre fiz e sempre farei...