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Saturday, February 2, 2013

Tudo o que é bom dura pouco

Já estou em terras obamenses, mais uma vez. Acho que 15 dias não foram quase nada para matar a saudade que eu estava de tudo e todos, e infelizmente não consegui ver muitas pessoas queridas que eu adoraria ter visto. Mas penso que se eu tivesse ficado mais de 15 dias eu não teria condições de voltar pra cá. Por mais que eu goste daqui, não há lugar como o lar.

Passei dias adoráveis no Brasil. E detestáveis também, pra não perder a tradicionalidade do convívio familiar: quem nunca discutiu, brigou, ou teve um bad hair day no dia da festa de formatura da irmã que atire a primeira pedra. Mas família é isso aí, na alegria ou na tristeza, na saúde ou na doença, por todos os dias das nossas vidas.

Cheguei num domingo de manhã, acabada, com a cara inchada de horas e horas de aeroporto/avião. Meus pais foram me buscar, e a felicidade de ter passado lisa pela alfândega me fez querer ter trazido muito mais coisas, mas enfim. Acho que eu nem teria dinheiro para tudo o que eu imaginei que eu poderia ter levado. Dei o abraço mais apertado que eu pude nos dois, chorei de emoção quando vi a minha terra, lá do alto, com todo o seu cinza deslumbrante, e uns pontinhos verdinhos também, porque São Paulo não é feita só de prédios não.

Quando aportamos na minha humilde residência, tudo normal, como de costume, até eu abrir a porta da sala e me deparar com aquele mar de gente gritando "surpresa!!!". A festa foi tão boa que só acabou, a muito custo, pra lá de meia noite. E ainda teve McDonald's no final. Rever tanta gente linda e que me faz tanta falta não teve preço. E conhecer todo aquele povo novo me fez feliz também, porque agora eu fico muito mais tranquila em saber que deixei minhas irmãs e meus pais em boas mãos.

Depois disso veio a entrevista no consulado, mais uma vez, visto concedido e só alegria... finalmente fui à praia novamente, com minhas irmãs e minha mãe (meu pai precisou trabalhar, então só fez a gentileza de nos levar e voltou no final de semana). Aí veio a última semana, a colação de grau da minha pequena, o baile, a volta pra cá.

Passou tudo tão rápido... acho que eu ainda não me situei sabe. Ainda tenho uma sensação de vazio por ter deixado todo mundo lá, e é mais estranho ainda pensar que quando cheguei aqui pela primeira vez não senti nada disso... estou tentando ocupar a cabeça, logo vou voltar a estudar inglês - que nunca é demais, claro - e continuar a tentar entrar em alguma universidade por aqui. E a vida continua, mas a saudade anda apertando muito mais do que eu poderia imaginar...

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